É um núcleo de atenção integral à criança hospitalizada do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), com caráter interdisciplinar e que congrega assistência, pesquisa e ensino.
Foi criado em 1994 pela psiquiatra e psicanalista Eliza Santa Rosa, profissional com larga experiência pessoal no estudo do brincar como linguagem, a partir da demanda institucional para atendimento de crianças em internação hospitalar prolongada. Na sua fase inicial, teve a parceria do Instituto de Psiquiatria (IPUB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e já nasceu comprometido com a criação de um campo de formação permanente para alunos de graduação e pós-graduação interessados na área de saúde da criança e seus diversos temas.
Através do ensino e pesquisa busca fornecer material prático/teórico para construção de um novo modelo de atenção à saúde da criança, que leve em conta os aspectos psíquicos, sociais e culturais da criança hospitalizada e os inclua no diagnóstico e na programação terapêutica. Está envolvido na formação de residentes multiprofissionais do IFF/Fiocruz e estagiários de graduação, através de parceria com outras instituições de ensino.
O objetivo principal da iniciativa é discutir, investigar e promover a saúde de crianças e adolescentes atendidos nas enfermarias do IFF/Fiocruz, através da atividade lúdica que se apresenta como uma intervenção terapêutica. Busca-se o processo de acolhimento e significação do ambiente hospitalar para a criança e seus acompanhantes, transformando os espaços hospitalares através da montagem de ambientes lúdicos como estratégia de intervenção no campo do adoecimento e hospitalização na infância. Visa não somente a criança, mas as relações entre ela, seus acompanhantes e a equipe de saúde, uma vez que estas interferem no processo de adoecimento e no curso do tratamento.
Ao estimular que a criança escolha se quer ou não brincar, com quem e de que, abre-se espaço para que ela mostre do que gosta, seus hábitos, temores, costumes e cultura. A atividade lúdica permite que a criança tenha acesso a uma linguagem que é de seu domínio (o brincar), em um lugar que muitas vezes se configura como desconhecido ou ameaçador. Desta forma, a criança consegue transpor as barreiras do adoecimento e da hospitalização, pois o brincar funciona como um contraponto à situação de afastamento e isolamento gerada pela experiência de internação. O atendimento possibilita que crianças que vêm ao hospital, com diferentes patologias, convivam em um local onde se privilegia a interação, a sociabilidade, a inclusão, a criatividade e a singularidade.
Equipe:
Roberta Falcão Tanabe
Coordenadora do Núcleo Saúde e Brincar
Pediatra – Mestre e Doutora em Saúde da Criança e da Mulher (IFF/Fiocruz)
E-mail:
Anita Silva Paez
Psicóloga – Mestre e Doutora em Saúde da Criança e da Mulher (IFF/Fiocruz)
E-mail:
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