Apresentação de trabalhos científicos marcam a Primeira Semana de Enfermagem da Fiocruz

Organizada pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), a Primeira Semana de Enfermagem da Fiocruz reuniu cerca de 150 pessoas no histórico prédio da Casa do Estudante na Avenida Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, no dia 19/5.  Voltado para estudantes e profissionais de enfermagem, o evento teve por objetivo marcar a Semana de Enfermagem, iniciada em 12 de maio e finalizada no dia 20 de maio.

O evento contou com a apresentação de trabalhos científicos desenvolvidos pelos profissionais e pesquisadores da enfermagem em duas categorias: pôster e exposição oral. Foram cerca de 20 pôsteres e seis trabalhos selecionados para exposição oral. Os temas, em sua maioria, voltados para o cuidado com os pacientes, vacinação e demais atribuições desses profissionais. Dois trabalhos, entretanto, foram destacados pela Comissão Científica do evento: Cuidados de Enfermagem e Eventos Adversos em Gastrostomia em Pacientes com Complicações Neurológicas, da enfermeira do INI e mestre, Damiana Fortunato Fonseca Rangel, juntamente com o trabalho da pesquisadora do IFF/Fiocruz, Soraya Bactuli, com o título: Ambiência da unidade de terapia intensiva pediátrica e suas implicações para a enfermagem.

A mesa de abertura contou com a presença da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade de Lima; representantes e diretores dos institutos da Fiocruz que têm serviços de enfermagem, INI, IFF, Cogepe e ENSP; e a presença da deputada estadual Enfermeira Rejane de Almeida (PC do B).

A presidente da Fiocruz destacou que o trabalho da enfermagem foi fundamental para a resposta à epidemia em todo o mundo. “A enfermagem foi e continuará sendo fundamental nesta pandemia – que ainda não acabou”, afirmou. Ela agradeceu e parabenizou a todas as pessoas envolvidas e que trabalharam na realização do evento.

O diretor do IFF/Fiocruz, Antônio Meirelles (Tom Meirelles), destacou que o maior corpo de trabalhadores do IFF/Fiocruz são os enfermeiros e enfermeiras ao reconhecer que “esse grupo foi o que mais sofreu durante a pandemia, por isso, eles precisam ter uma atenção especial e nós temos o compromisso de cuidar de quem cuida. Vocês merecem todo o prestígio”, afirmou.

 

O diretor do IFF/Fiocruz, Antônio Meirelles

A diretora do INI, Valdiléa Veloso, disse que a enfermagem é o coração de um hospital ou de um centro de saúde. “Esses profissionais se preocupam com tudo.  Geralmente, a enfermagem já tem as soluções prontas para sugerir quando algo não está funcionando”.

A deputada Rejane fechou as falas de abertura do evento, chamando atenção para as condições precárias de trabalho que os profissionais de enfermagem enfrentam, em especial, nos serviços privados. “Estamos num processo de pejotização, onde os direitos trabalhistas são violados, impondo longas jornadas e condições insalubres de trabalho, além da dispensa sem nenhuma proteção ou garantia”, denunciou. Ela destacou ainda a necessidade de a classe eleger seus representantes. “No Congresso Nacional, de 513 deputados, apenas uma é enfermeira (fazendo menção à deputada federal, Carmem Zanotto – Cidadania/SC). Aqui no Rio de Janeiro, de 70 parlamentares apenas uma é enfermeira (fazendo referência ao seu próprio mandato). Precisamos ter mais representantes para defender os nossos direitos”.

A chefe de enfermagem do INI/Fiocruz, Mariana Marchay em sua fala destacou a força e a resiliência da categoria “nós sofremos com a pandemia, mas teve categorias que sofreram muito mais, porque nós nos organizamos, nos unimos e conseguimos dar as respostas. Crescemos com a crise sanitária e conseguimos dar o suporte que esperavam de nós”. Ela destacou ainda que o evento marca a sinergia dos profissionais de enfermagem da Fiocruz.

A enfermeira e coordenadora de Atenção à Saúde do IFF/Fiocruz, Patrícia Marques, lembrou o quanto a covid-19 impôs desafios ao serviço de atendimento da gestante e da criança, “trabalhar com uma doença nova, quando havia poucas informações, foi realmente um esforço hercúleo que nos fez readequar toda a nossa estrutura”, revelou. As duas profissionais estiveram à frente da organização da semana que contou com o apoio das instituições: Mapo, Wcursos, Descarpack, Galenica, Berkeley, Curatec, Mary Kay e Freseneius Kabi.

 

A enfermeira e coordenadora de Atenção à Saúde do IFF/Fiocruz, Patrícia Marques

Os participantes da Primeira Semana tiveram também oportunidade de experimentar práticas integrativas relacionadas a saúde e ao bem-estar. Foi oferecido gratuitamente sessões de Reiki, Auriculoterapia, Reflexologia e uma apresentação de Tai Chi Chuan.  

Mariana Marchay conta que a comemoração pelo Dia da Enfermagem foi instituída pelo Presidente Getúlio Vargas em 1938 (Decreto 2956/38), “com o objetivo de homenagear a memória da patrona brasileira da enfermagem, Anna Nery. O dia 12 de maio foi escolhido em homenagem à Florence Nightingale, patrona mundial da enfermagem, nascida nessa data em 1820”.

Confira fotos do evento:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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