IFF/Fiocruz promove curso de Radioproteção em Radiodiagnóstico

 

O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) promoveu, em 23/5/24, o curso de Radioproteção em Radiodiagnóstico. Ministrada por uma das gestoras da Radiologia do IFF/Fiocruz, Tainá Olivieri, a capacitação teve como objetivo promover o uso consciente das radiações no âmbito do radiodiagnóstico, otimizando as exposições para a redução dos riscos associados ao uso da radiação ionizante.

Tainá explicou de forma didática os tipos de radiação existentes e quais os efeitos provocados por cada uma delas no tecido humano, e destacou a importância de desenvolver e divulgar níveis de referência diagnóstica, visando aprimorar a qualidade e segurança dos procedimentos radiológicos. “Nós não podemos pensar só no indivíduo, temos que pensar no coletivo. Quanto mais otimizada a prática, melhor para o paciente e para a equipe que está fazendo o exame diversas vezes ao longo do dia”.

A gestora da Radiologia do IFF/Fiocruz, Claudia Ribeiro, comentou a respeito do trabalho que está sendo desenvolvido em seu doutorado sobre “Níveis de Dose Diagnósticos em Fluoroscopia Pediátrica”. A pesquisa utiliza dados de 30 países e servirá como referência para o Instituto.

Na sequência, Tainá compartilhou dados do Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (UNSCEAR), que mostram uma estimativa global abrangente das frequências e doses de exposição, sua distribuição e tendências nas categorias médicas.

Após, foram exibidos os princípios de proteção radiológica para exposição médica e do público. O princípio da justificação, um dos destaques do curso, exige que qualquer decisão médica que envolva a exposição do paciente às radiações seja cuidadosamente avaliada de modo que seja a melhor alternativa diagnóstica disponível, levando-se em consideração os ricos associados às exposições, enquanto o da otimização diz que as exposições devem manter o menor nível de radiação possível.

Para encerrar, Tainá frisou que o médico de referência e o radiologista devem contribuir para melhorar a aplicação da justificação e evitar exposições desnecessárias. “A discussão entre ambos os profissionais sobre a conduta e o resultado dos exames levará a uma compreensão mútua de quando os diferentes procedimentos são mais adequados aos pacientes. Por isso, é importante que o médico responsável pelo encaminhamento tenha um bom conhecimento da proteção e segurança radiológica”, concluiu ela.

O curso foi voltado para os trabalhadores do IFF/Fiocruz

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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